O ser humano não foi feito para ficar parado. Prova disso é que o sedentarismo faz surgir diversas doenças que comprometem seriamente a qualidade de vida.
Para fugir desses problemas, um dos exercícios mais procurados — e gratuitos — é a corrida.
Engana-se quem pensa que essa é uma prática solitária. É possível correr em boa companhia, seja em grupos, com amigos, ou mesmo com o pet. Além disso, o calendário de corridas de rua tem aumentado consideravelmente. Em território catarinense, por exemplo, o aumento de praticantes iniciantes aumentou de 8,2 mil para 10 mil entre 2018 e 2019, segundo o portal NSC Total.
A reportagem destaca que, além de chegar a locais antes inexplorados, as provas têm ganhado temáticas lúdicas, que atraem diversas pessoas. E, é nesse clima de corridas de rua, que muitos atletas — profissionais ou amadores — calçam o tênis e pegam a guia para correr com os pets.
Qual raça é a ideal
Antes de começar a levar o pet para correr é válido consultar o médico-veterinário para saber se a saúde do bichinho está em ordem, e se aquela raça tem alguma restrição à prática esportiva.
É que os cães braquicefálicos, como Buldogues, Pugs e Boxer, por exemplo, têm grande dificuldade em respirar e trocar calor com o ambiente. Logo, um exercício aeróbico intenso, como a corrida, pode até colocar a vida do pet em risco. E isso ninguém quer, não é mesmo?
Já os vira-latas, por exemplo, precisam de avaliação para ver se têm porte e capacidade física para resistir ao exercício. Como eles não têm uma raça definida, é preciso começar aos poucos para ver qual é o limite do pet — que deve ser sempre respeitado.
Dentre os top companheiros de corrida citados por diferentes portais especializados na prática são:
- Golden Retriever: é uma raça calma, obediente, amigável, cheia de energia e capaz de percorrer vários quilômetros ao lado do seu tutor;
- Labrador: apesar da tendência à obesidade, é uma raça ativa, dócil e brincalhona, que tem bastante energia para gastar e capacidade de suportar temperaturas altas e baixas;
- Border Collie: considerada uma das raças mais inteligentes do mundo, é bastante ágil e habituada ao exercício físico;
- Pastor belga: apegado ao dono e bastante protetor, tem muita energia e consegue percorrer longos trajetos,
- Whippet: variação dos galgos, que são conhecidos pelas corridas de aposta. Com seu corpo delgado, é uma raça que precisa de atividade física e se dá bem em trajetos curtos ou explosivos.
É preciso cuidado
A gente não sai simplesmente correndo por aí, certo? Antes de iniciar o treino, comemos alguma coisa leve, nos hidratamos, usamos um calçado adequado ao terreno e uma roupa confortável para o clima. Com o animal de estimação não é diferente.
O cãozinho também precisa de atenção antes, durante e depois da prova, com alimentação leve e rica em energia, hidratação caprichada, guia que não lhe cause qualquer tipo de dor ou desconforto, terreno adequado para que não sofra danos nas patas e clima ameno para não sofrer de frio nem de calor.
Dor tardia
Depois de um dia de corrida intensa, não estranhe se o pet ficar mais quietinho e amuado. É que ele também pode estar sofrendo de dor tardia, ou seja, vai ficar com os músculos doloridos pela prática da atividade física.
Mas, assim como ocorre nos humanos, essa dor é passageira. É preciso atenção apenas no comportamento para ver se não há mudanças bruscas, como perda de apetite, agressividade, etc.
Além disso, se a corrida se tornar um hábito, pode ser “viciante” também para o pet, trazendo diversos ganhos para a saúde, além de fortalecer o vínculo entre cachorro e tutor.
Texto por: Gear SEO