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E-commerce x marketplace: qual o melhor canal de vendas?

Uma discussão que ainda cria muitos inimigos é a decisão de qual seria o melhor canal de vendas online: os marketplaces ou a loja própria.

A grande verdade é que esta é uma briga sem sentido, uma vez que o empreendedor pode sim vender nas duas frentes. Aliás, não só pode como deve. 

Cada canal de venda possui as suas vantagens e desvantagens, podendo atingir diferentes públicos de acordo com o objetivo principal do negócio.

Não existe uma maneira melhor do que outra de começar a vender online, quando é falado na decisão de plataforma ou canal de venda, mas sim, formas certas de profissionalizar a operação.

Neste artigo será apresentado algumas vantagens e desvantagens de cada canal e cabe a você, empreendedor, decidir qual o melhor para começar e quando começar a atuar em ambas as frentes.

Loja Própria: a casa própria

Não importa qual canal de venda seja o primeiro escolhido para atuar, a loja própria é indispensável para quem quer se profissionalizar em vendas online.

O que não falta no mercado são grandes histórias de pequenos vendedores que começaram vendendo em marketplaces e hoje são top sellers, faturando milhões por mês. Porém, esse não é o padrão da maioria dos empreendedores.

A loja própria é como a casa própria, tem suas vantagens de personalização, exclusividade e poder colocar e dispor, produtos à sua escolha.

Personalização

Um dos grandes desafios de quem vende online é a fidelização dos consumidores. Ou seja, fazer com que o consumidor que já adquiriu algum produto com você uma vez, volte a consumir mais. Isso porque a fidelização é um investimento mais barato do que conquistar novos internautas.

No e-commerce, é possível oferecer produtos personalizados, além de oferecer uma experiência de compra diferente e que converse com o seu consumidor.

Gastos em marketing

Em comparação aos marketplaces, as lojas próprias precisam investir consideravelmente em marketing e mídia para obterem um fluxo razoável de clientes.

Não adianta apenas esperar que os consumidores encontrem a sua marca de forma orgânica, a não ser que você comercialize produtos extremamente específicos.

A competição no online é muito mais acirrada, competindo com lojas de fora do Brasil, inclusive. Por isso os gastos em marketing precisam ser já considerados no investimento inicial da loja virtual.

Marketplace: fluxo de clientes garantido

Pode-se pensar nos marketplaces como grandes shoppings virtuais. São locais que reúnem diversas lojas, de diversos segmentos. 

Nos marketplaces, os consumidores estão mais interessados em encontrar o produto desejado, do que pensar na marca que estão comprando. Um dos motivos é pela facilidade, e também pela grande quantidade de produtos iguais ofertados. O consumidor naturalmente vai buscar a melhor oferta para si.

Então, para pequenos lojistas acaba sendo difícil competir por um lugar entre grandes vendedores ou mesmo conseguir preços competitivos.

Baixo investimento

Mas, é também uma forma barata de iniciar o projeto de vender online. Uma vez que investimentos com marketing, infraestrutura e segurança são desnecessários. O próprio marketplace já oferece estes recursos e também já tem fluxo garantido de clientes.

É uma boa estratégia para começar a girar o número de vendas, uma vez que não há investimentos em marketing nem em segurança.

Cuidado com as mudanças

Contudo, um dos grandes problemas do marketplace e que afeta muitos lojistas são as mudanças de regras de venda. Cada marketplace possui suas próprias regras e comissões. Ao atender vários destes requisitos, o lojista ganha destaque e consegue maior visibilidade dentro da plataforma.

Porém, com mudanças de regras, que acontecem com certa frequência, o mesmo lojista que vende 500 produtos em um dia, pode passar a vender 100 no dia seguinte.

Ficar refém de mudanças bruscas e que impactam diretamente seu faturamento é uma desvantagem e motivo pelo qual o investimento na loja própria é uma opção mais segura.

Afinal, qual o melhor?

Como foi citado no início do artigo, não há melhor ou pior. São formas de trabalhar diferentes e que oferecem vantagens e desvantagens únicas.

E, também, porque não atuar em ambos canais de venda? Deixe os produtos da “massa” com grande demanda, para os marketplaces. São fluxos rápidos de caixa, evitam acúmulo de mercadorias e mantêm sua loja relevante.

Já para o e-commerce próprio, trabalhe produtos exclusivos, atendimento diferenciado e até mesmo condições de pagamento que sejam atrativas para seus consumidores. Crie uma comunicação personalizada nas redes sociais e e-mail marketing para fidelizar este consumidor.

Lembrando que são canais de vendas diferentes e com públicos diferentes. Não deixe de fazer o planejamento de vendas para cada um deles, montando planos de crescimento, precificação e estratégias únicas para alavancar as vendas online.

Artigo produzido pela equipe da Doutor E-commerce, consultoria em e-commerce.