Hoje em dia, a maioria das pessoas precisa de energia para desempenhar diferentes funções, seja no ambiente de trabalho ou em casa.
Ela é responsável pela funcionalidade dos aparelhos eletrônicos e domésticos, além de ser essencial para um bom banho quente, por exemplo.
No entanto, a conta de energia chega ao final de cada mês e ela pode ter valores bem altos. Uma das maneiras de reduzi-la é por meio das mudanças de hábito, mas há, também, opções como a energia fotovoltaica, conhecida como energia solar. Ao optar por essa forma de geração, a conta pode ter uma redução de até 95%.
Apesar da tecnologia existir há 60 anos, ela ainda não era implantada em larga escala no Brasil. Isso começou a mudar em 2012, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) publicou a resolução de número 482. O texto regulariza e estabelece normas referentes ao sistema de compensação de energia elétrica.
Isso contribui para as perspectivas futuras de expansão, conjuntamente, aos custos minimizados e os serviços melhorados. Ou seja, quem quer adotar o sistema atualmente, seja em residências, prédios ou empresas, encontra um cenário mais simples e que compensa financeiramente.
Em 2018, o sistema de energia solar correspondia a 0,8% da matriz energética no país. A previsão da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do governo federal, é alcançar 10% até 2030. Por isso, pode-se dizer que, em comparação às outras formas de geração renovável, essa é a que cresce em ritmo mais acelerado no Brasil e no mundo.
Outro dado relacionado ao futuro da energia solar no Brasil é da Bloomberg News Energy Finance. Segundo a previsão da instituição, em 2040, a produção dessa forma de energia irá atingir 32% da matriz energética brasileira, ultrapassando a fonte hídrica, que representa 29%.
Como funciona o sistema
Uma das grandes dificuldades desse tema é quantidade de mitos e desinformação que circulam, o que afeta a popularidade desse sistema de energia. Por isso, é importante entender como ele funciona e quais as vantagens de adotá-lo.
No Brasil, o sistema fotovoltaico opera em conjunto com a rede pública de energia. Funciona da seguinte forma: as placas solares captam a luz do Sol e a convertem em energia elétrica. Como a energia é algo instantâneo, precisa ser consumida na hora.
A quantidade que não for utilizada é compartilhada pela rede elétrica e emprestada para a distribuidora. Isso não é um problema, na verdade, é algo positivo, pois, esse valor não utilizado também é contabilizado.
Ao final de cada mês, a distribuidora calcula quanto de energia foi injetada no sistema e quanto foi utilizado. A energia gerada funciona como créditos que são abatidos da quantidade consumida. Dessa forma, o consumidor paga apenas pela diferença dos fatores.
É nesse momento em que se percebe a redução do valor da conta ao final do mês. Uma família que paga, em média, 100 reais, pode ver esse número se transformar em menos de 10, com uma redução de 90%. A porcentagem pode ser ainda mais alta, alcançado até 95%.
Conheça mais vantagens
Há uma ideia equivocada de que ter energia solar é um processo caro. Atualmente, o retorno do investimento, conhecido como payback, feito neste sistema é muito positivo.
Em Porto Alegre, por exemplo, o payback de sistemas residenciais é de 3,49 anos. Já em sistemas comerciais, a média é de 5,58 anos, segundo um estudo da empresa de energia Comerc. Considerando que os equipamentos têm duração média de 25 anos, o prazo de retorno é rápido e o sistema é vantajoso.
Veja como aderir à energia solar
O primeiro passo para quem quer aderir ao sistema de energia solar é procurar por empresas que oferecem este serviço. Será necessário fazer um estudo do local e criar um projeto para avaliar quais os futuros benefícios gerados pelo novo sistema.
Não é um processo difícil, mas contém muitas regras. Por isso, escolher profissionais especializados irá ajudar na tarefa. Depois do estudo feito, o próximo passo é fazer uma solicitação na concessionária de energia, para garantir acesso à rede. Após isso, são instalados os equipamentos necessários.
A concessionária fará uma vistoria e, depois do aval, os técnicos podem trocar o relógio de consumo por um bidirecional. Com todas as etapas cumpridas, basta aproveitar a redução de gastos com energia nos anos seguintes.