A pandemia do coronavírus ainda está deixando um grande impacto na gestão e na economia do país.
Com o agravante no número de casos nos últimos meses, os municípios e estados tiveram que aplicar medidas urgentes — e necessárias — para frear a contaminação, como o controle do comércio e o toque de recolher em algumas cidades.
O setor público também está sofrendo esse impacto. Tudo sobre concursos públicos precisou ser parado por um tempo até que novas perspectivas fossem apresentadas à população, como é o caso da nova vacina. Mas qual a importância do concurso público no Brasil e por que essa paralisação pode ser maléfica?
A administração pública precisa cada vez mais de pessoas para realizar distintas tarefas. Pensando nisso, é necessário abrir novos cargos, e é aqui que entram os concursos. Com eles, brasileiros podem se inscrever por meio de editais e preencher as vagas seguindo as determinações do próprio edital.
Quando os concursos são realizados com sucesso e os escolhidos conseguem assumir suas posições, há uma melhora na eficiência do setor público. Isso pode impactar desde a retirada dos lixos das cidades até a possibilidade de aprovar uma maior quantidade de benefícios para a população, como o Bolsa Família.
Porém, em um momento em que o isolamento social é tão importante e cuidar da nossa saúde é fundamental, como realizar a seleção e convocação dos concursos públicos? Confira, neste artigo, a opinião de especialistas e também possíveis previsões para o ano de 2021. Vamos lá?
Por que os concursos públicos precisaram ser interrompidos?
Como citado anteriormente, a segunda onda da contaminação do coronavírus veio muito maior do que os cientistas estavam prevendo. Para se ter uma ideia, o Brasil bateu, no início de 2021, recordes de mortes diárias e número de contaminados em todo o país, enquanto boa parte do mundo está se recuperando da doença.
Para fazer com que a contaminação não ganhe ainda maiores proporções, vários setores do mercado público e privado tiveram que interromper seus processos. O mesmo aconteceu nos concursos públicos. Afinal, muitos processos e seletivas precisariam acontecer de forma presencial, o que causaria aglomeração.
Assim, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 186 de 2019, também conhecida como PEC Emergencial, está sendo utilizada na realização de concursos públicos, visando controlar gastos públicos do Brasil em momentos de crise. Essa PEC é de extrema importância e só não pode ser utilizada em caso de reposição de vacina — algo emergencial para o país.
Vários especialistas afirmam que o problema no agendamento dos concursos é decorrente de uma falta de planejamento.
“Houve um aquecimento no cenário de certames no fim de 2020 e no começo de 2021, com várias provas agendadas, inclusive, para março. Mas, com o aumento de casos de COVID-19, o movimento parou”, afirma o vice-presidente da Associação de Apoio aos Concursos Públicos e Exames (Aconexa) e co-fundador do Meu Curso, Marco Antônio Araújo Júnior.
Qual seria a solução para a retomada?
Todos os especialistas afirmam que a única forma de retomar os concursos públicos sem perigo é com a imunização em massa. Ou seja, será necessário tomar as doses da vacina que previne sintomas graves da COVID-19.
Muitos acreditam que a retomada pode acontecer após junho, quando a curva deve diminuir novamente, mas é fato que as instituições brasileiras voltarão a funcionar com 100% de eficácia quando boa parte da população estiver imunizada.