Animais podem transmitir coronavírus? Entenda

Atualmente, o coronavírus é o maior desafio enfrentado pelas autoridades da saúde pública, com mais de 114 mil humanos infectados em todo o mundo. 

Segundo a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), a crise de saúde pública provocada pelo coronavírus causou, até agora, uma perda econômica de cerca de 50 bilhões de dólares.

Com uma média de 37 casos confirmados da doença, só no Brasil, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, em 11 de março, cresce a necessidade de fornecer informações adequadas para a população reduzir as chances de contágio, evitando a propagação de notícias falsas sobre o coronavírus, também denominado COVID-19.

Inclusive, desde que o coronavírus foi anunciado como  epidemia global, circula a informação de que bichos domésticos podem transmiti-lo.

É evidente a necessidade de cuidar da saúde do animal, contudo, isolá-lo e até colocá-lo de quarentena são ações desnecessárias.

Como esse, inúmeros boatos se espalham rapidamente, especialmente por redes sociais, afirmando que não se alimentar de comida chinesa e ingerir altas doses de vitamina D seriam medidas eficientes para evitar a contaminação, o que é mentira.

Para quem tem pets em casa, recomenda-se verificar se as vacinas estão em dia e, se não estiverem, fornecê-las ao seu animal de estimação.

Em casos de adoecimento dos bichos, deve-se evitar o contato entre ele e outros da mesma espécie, a fim de evitar a transmissão.

Relação entre animais e o coronavírus

Especialistas suspeitam que o COVID-19 se originou, primeiramente, entre morcegos e pangolins — mamíferos que vivem em zonas tropicais da Ásia e da África.

Porém, variedades de tal micro-organismo também podem atingir outros animais, como cães, gatos, bovinos e aves comerciais. 

Conhece-se hoje quatro grupos de coronavírus: o alfa, que atinge mamíferos como cães e gatos.

O beta, encontrado em humanos, além do gama e do delta, encontrados em aves e peixes, respectivamente. Cada um desses tipos de vírus não se relacionam entre si.

Segundo o Centro de Controles e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, embora seja comum entre animais, somente em casos raros, em que haja uma mutação específica, é que o coronavírus pode ser transmitido de bichos para humanos.

Cães e gatos


Quando um cachorro toma uma vacina “polivalente”, ele fica imune à contaminação por coronavírus.

Entre os cães, existe a possibilidade de atuação de três tipos: o coronavírus 1 e 2 (que podem causar doenças leves e diarreias), além do COVID-19 respiratório (responsável por provocar infecções nesse sistema). 

Ocasionalmente, podem ocorrer febres, mas não é usual. Especialistas afirmam que mortes causadas em animais por coronavírus são raras.

A ação do coronavírus do tipo respiratório é recente entre cães, e estudos apontam que ele teria origem bovina, começando a infectar os caninos no início da década de 1950.

Em gatos, as infecções são leves, mas, se um dos vírus sofrer mutação, pode causar uma doença grave denominada “peritonite infecciosa”, que provoca inchaço na barriga do felino. 

Aves comerciais também devem receber vacinas, já que, uma vez contaminadas pelo vírus, podem apresentar bronquite infecciosa. Em bovinos, tal micro-organismo pode causar diarreia em bezerros jovens.

Recomendações para humanos

Embora cientistas da Universidade de São Paulo (USP) já tenham sequenciado o genoma do COVID-19, pouco se sabe sobre como prevenir ou erradicar a doença.

Pesquisas sobre possíveis vacinas para humanos ainda estão em andamento em diferentes instituições de ensino no mundo. 

O principal meio de contágio entre humanos é a via aérea, a partir da tosse e de secreções, ou pelo contato direto das mãos com a boca e os olhos. Por isso, evite respirar no mesmo ambiente ou tocar em algo que uma pessoa contaminada tocou.

Especialistas da saúde pública recomendam às pessoas com suspeitas de contágio buscarem atendimento rapidamente. Na maioria dos casos, quando acompanhados, os sintomas, como tosse, febre, dor de garganta, e problemas respiratórios, como pneumonia, desaparecem por si próprios.

Texto por: Gear SEO