Qual é a definição de ROE? Significado e Exemplos!

Se você já ouviu falar sobre a definição de ROE no mundo dos investimentos e negócios, mas ainda tem dúvidas sobre o que ele significa e como usá-lo, este artigo é para você! Vou explicar de forma clara e com exemplos práticos para que você entenda como esse indicador pode ajudar na análise de empresas.

O que é ROE?

A definição de ROE (Return on Equity) ou Retorno sobre o Patrimônio Líquido é um dos principais indicadores financeiros usados para medir a rentabilidade de uma empresa. Ele mostra quanto a companhia consegue gerar de lucro para cada real investido pelos seus acionistas.

Em outras palavras, o ROE indica a eficiência da empresa em transformar o capital próprio em lucro. Quanto maior o ROE, melhor a empresa está aproveitando os seus recursos para gerar retorno.

Esse resultado é expresso em percentual (%), facilitando a comparação entre empresas do mesmo setor.

Como interpretar o ROE?

O ROE pode ser interpretado da seguinte forma:

  • ROE alto: indica que a empresa está conseguindo gerar bons lucros em relação ao capital investido.
  • ROE baixo: pode significar que a empresa não está utilizando bem seus recursos para gerar lucro.
  • ROE negativo: ocorre quando a empresa tem prejuízo, ou seja, está perdendo dinheiro em vez de gerar retorno para os acionistas.

Exemplo prático de ROE

Vamos imaginar duas empresas do mesmo setor:

  • Empresa A: Lucro líquido de R$ 10 milhões e patrimônio líquido de R$ 50 milhões.
  • Empresa B: Lucro líquido de R$ 20 milhões e patrimônio líquido de R$ 200 milhões.

Agora, aplicamos a fórmula:

  • ROE da Empresa A: (10.000.000 / 50.000.000) × 100 = 20%
  • ROE da Empresa B: (20.000.000 / 200.000.000) × 100 = 10%

Apesar de a Empresa B ter um lucro maior, a Empresa A tem um ROE melhor, o que indica uma maior eficiência no uso do patrimônio para gerar lucro.

Qual é um bom ROE?

Não existe um valor fixo que seja ideal para todas as empresas, pois o ROE pode variar conforme o setor. No entanto, de forma geral:

  • Um ROE acima de 15% costuma ser considerado bom.
  • Se estiver abaixo de 10%, pode ser um sinal de alerta.

Empresas de setores mais consolidados, como bancos, podem ter ROEs elevados, enquanto setores mais capital-intensivos, como indústrias, podem ter ROEs mais baixos.

Como usar o ROE na sua estratégia de investimento?

Agora que você já sabe o que é o ROE e como interpretá-lo, vamos entender como ele pode ser aplicado na sua estratégia de investimentos.

1. Compare empresas do mesmo setor

O ROE é mais útil quando comparado entre empresas do mesmo segmento. Isso porque diferentes setores possuem estruturas de capital e margens de lucro distintas.

Por exemplo:

  • Bancos costumam ter ROEs elevados, muitas vezes acima de 15% ou 20%, pois operam com altos lucros e alavancagem.
  • Indústrias, por outro lado, podem ter ROEs menores, entre 5% e 10%, porque demandam muito capital para máquinas, equipamentos e estoques.

Se você comparar um banco com uma indústria apenas pelo ROE, pode tomar uma decisão errada. O ideal é sempre analisar empresas semelhantes.

2. Observe a evolução do ROE ao longo do tempo

Um ROE alto hoje pode ser um bom sinal, mas será que ele se mantém assim ao longo dos anos?

Empresas saudáveis costumam apresentar ROE estável ou crescente ao longo do tempo. Se uma companhia tem um ROE de 20% em um ano, mas no seguinte cai para 8%, pode ser um alerta de que sua eficiência está diminuindo.

Portanto, sempre avalie o histórico do ROE para entender a tendência da empresa.

3. Cuidado com ROE artificialmente elevado

Nem sempre um ROE alto é um bom sinal. Algumas empresas podem ter um retorno sobre o patrimônio elevado porque possuem baixo patrimônio líquido (devido a altas dívidas ou recompras de ações).

Se uma companhia tem muita dívida, seu patrimônio líquido pode ser reduzido, inflando o ROE artificialmente. Por isso, é essencial analisar outros indicadores junto com o ROE, como:

  • Dívida/Patrimônio Líquido → Para ver se a empresa não está muito endividada.
  • ROA (Retorno sobre Ativos) → Mede a eficiência da empresa considerando todos os ativos, não só o patrimônio.

Se o ROE for alto, mas a dívida também for elevada, fique atento! Isso pode indicar um risco maior.

4. Combine o ROE com outros indicadores

Nenhum indicador deve ser analisado sozinho. Para ter uma visão mais completa da empresa, combine o ROE com outras métricas, como:

  • P/L (Preço/Lucro): Mostra se a ação está cara ou barata em relação ao lucro.
  • ROA (Retorno sobre Ativos): Mede a eficiência da empresa considerando todos os seus bens.
  • Margem Líquida: Indica o quanto do faturamento vira lucro líquido.

Um ROE alto junto com bons fundamentos pode indicar uma empresa de qualidade para o longo prazo.

Conclusão: O ROE é um bom indicador, mas precisa de contexto

O ROE é uma ferramenta essencial para analisar empresas, pois mostra a eficiência na geração de lucros para os acionistas. No entanto, ele não deve ser analisado isoladamente.

Para fazer escolhas mais seguras e rentáveis, siga estas dicas:

✅ Compare empresas do mesmo setor.
✅ Avalie o histórico do ROE ao longo dos anos.
✅ Cuidado com ROE elevado artificialmente por endividamento.
✅ Combine o ROE com outros indicadores financeiros.

Se você busca empresas sólidas e rentáveis, o ROE pode ser um ótimo aliado para suas decisões de investimento. Agora me conta: você já usa o ROE na sua análise? Quais outros indicadores você costuma olhar? 

Planejamento financeiro empresarial: o que é e como montar?

O planejamento financeiro empresarial pode ser definido como um guia, criado com base em dados fiscais, econômicos e contábeis, o qual permite aos gestores de uma empresa prever o futuro da companhia no que se refere à sua condição financeira.

A ideia com a geração desse documento é ter um suporte montado com dados confiáveis que contribuam para tomadas de decisões mais assertivas e estratégicas, visto que são usadas informações atuais do negócio para se preparar para acontecimentos que estão por vir.

Mas por que o planejamento financeiro empresarial é importante? Bem, sobre isso, podemos partir do princípio que a organização financeira é um dos pilares fundamentais para a sustentabilidade de uma companhia.

Sem um controle financeiro empresarial efetivo se torna um tanto complicado, por exemplo, definir e implementar metas de expansão.

Esse princípio funciona, basicamente, como a gestão pessoal que fazemos com o nosso dinheiro. Para conseguirmos pagar todas as despesas fixas que temos, e ter uma boa qualidade de vida, é importante controlarmos pontualmente o que entra e o que sai da nossa conta, concorda?

Quando não fazemos isso, a tendência é chegar ao final do mês sem dinheiro, ou deixar de arcar alguns compromissos financeiros, ficando com contas em atraso que geram uma série de transtornos.

Nas empresas, esse processo também é essencial, e visa garantir que o negócio tenha os recursos financeiros necessários para suprir custos e despesas, bem como quantia suficiente para se programar rumo ao seu crescimento.

A importância desse documento já deve ter ficado clara, mas a dúvida que deve estar passando na sua cabeça agora é: “Como montar um planejamento financeiro empresarial que realmente ajude a alcançar todos esses resultados?” 

É exatamente isso que vamos explicar agora. Por isso, continue a leitura deste artigo e confira!

O que é planejamento financeiro empresarial?

Assim como definimos anteriormente, o planejamento financeiro empresarial é uma ferramenta de gestão que permite aos empreendedores preverem e se programarem para o futuro dos seus negócios, tendo como base a situação financeira atual da companhia.

É possível dizer também que se trata de um guia programático, o qual é formulado como base nas informações monetárias de empresa, tais como margem de lucro, margem de contribuição, custos das mercadorias vendidas, entre outros.

Por meio desse documento é possível estimar diferentes vertentes que afetam (e até determinam) o crescimento de um negócio. Alguns exemplos de previsões que podem ser feitas são:

Ao se respaldar nessas informações, os gestores têm informações solidificadas para tomarem as suas decisões, o que também contribui para diminuir os erros e reduzir potenciais perdas financeiras decorrentes de estratégias equivocadas.

Nesse cenário, se tornar possível definir e implementar as mais variadas estratégias rumo ao futuro e expansão da empresa, tais como:

  • quais investimentos com foco em melhoria podem ser feitos;
  • viabilidade de abertura de filiais;
  • adoção de novas tecnologias;
  • expansão do quadro de funcionários;
  • compra de novos maquinários;
  • mudança de local de atuação.

Uma das vantagens que se destaca quanto ao uso desse documento é que esses, e outras abordagens semelhantes, podem ser postas em prática com o mínimo de risco financeiro possível, considerando que, primeiro, foi feita uma previsão financeira empresarial bem respaldada em dados e informações concretas.

Quais são as etapas do planejamento financeiro empresarial?

Não há uma metodologia específica que deve ser seguida para fazer esse tipo de planejamento financeiro. 

No entanto, há algumas etapas que precisam ser consideradas e realizadas pelos gestores para elaboração desse documento, que são:

  • definição das metas e objetivos empresariais;
  • levantamento da situação financeira atual;
  • elaboração de um plano de ação;
  • criação do plano orçamentário;
  • previsão de variados cenários;
  • acompanhamento dos resultados.

Definição das metas e objetivos empresariais

Já que o planejamento financeiro visa o futuro da companhia, nada mais adequado que começar a sua elaboração definindo quais metas e objetivos se pretende alcançar com essa estratégia.

Dessa forma, é possível ter uma noção mais bem definida do que precisa ser ajustado financeiramente para atingir esses propósitos.

Levantamento da situação financeira atual

O passo seguinte consiste em fazer um levantamento pontual da atual situação econômica do negócio. Aqui, devem entrar informações tais como:

  • movimentação financeira diária, semanal e mensal;
  • gastos fixos e eventuais;
  • custos para manter o negócio funcionando;
  • margem de lucro;
  • margem de contribuição;
  • ticket médio.

Ou seja, todos os dados pertinentes à vida financeira da empresa e seus resultados atuais, lembrando sempre de abranger todos os setores da companhia.

Elaboração de um plano de ação

A elaboração do plano de ação é, praticamente, a junção dos dois passos anteriores. Ou seja, é o momento de alinhar as metas e objetivos à realidade financeira do negócio.

A ideia aqui é definir quais estratégias precisam ser colocadas em prática para atingir os propósitos definidos anteriormente — por exemplo, ações que ajudem a reduzir perdas financeiras para que esse montante seja direcionado para a compra de novos maquinários, entre diversas outras possibilidades.

É bem importante registrar adequadamente tudo o que foi definido nesse plano, bem como prazos, orçamentos e responsáveis para que seja possível fazer um acompanhamento preciso do andamento das atividades.

Criação do plano orçamentário

E por falar em orçamento, é bastante interessante criar um plano para isso que preveja as movimentações financeiras da empresa mês a mês.

Nesse caso, podem ser incluídas informações como projeção de vendas, de despesas, de custos produtivos, investimentos em melhorias programadas, entre outros pontos semelhantes.

Previsão de variados cenários

E como estamos falando em planejamento, é essencial que essa abordagem antecipe os resultados de diferentes cenários, considerando desde o mais promissor, até o mais catastrófico. 

Isso é importante porque ajuda os gestores a terem mais flexibilidade para ajustar metas e objetivos às mudanças, caso situações externas e internas afetem as propostas iniciais.

Acompanhamento dos resultados

Mas o planejamento financeiro não deve ser criado e guardado em uma gaveta. Não se esqueça que se trata de uma ferramenta de gestão, a qual precisa ser acompanhada e atualizada sempre que necessário, e a melhor forma de fazer isso é acompanhando os resultados obtidos periodicamente.

E no que se refere à metodologia, como dissemos, não existe uma específica. Por conta disso é possível usar, por exemplo, algo com o Ciclo PDCA, que consiste em:

  • P: Plan: planejar
  • D: Do: fazer
  • C: Check: checar
  • A: Action: agir

O mais importante é ter em mente que esse tipo de planejamento deve fazer parte do gerenciamento financeiro de uma empresa, sendo essencial para a sustentabilidade e crescimento de qualquer negócio, independentemente do seu porte ou segmento.

Este artigo foi escrito pela Zoop, fintech líder em tecnologia para serviços financeiros.

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