Todo tutor de cães deve se manter muito bem informado sobre todas as doenças que podem atingir o seu bichinho, pois esse conhecimento é fundamental para que ele saiba quando precisa intervir para ajudar o animal. Muitos, por exemplo, nunca ouviram falar sobre a cinomose, mas nesse texto vamos explicar tudo sobre ela.
A primeira coisa que você precisa saber é que só um veterinário de confiança pode diagnosticar doenças e prescrever tratamentos. A outra é que a cinomose é uma doença grave, causada por um vírus altamente contagioso e que, muitas vezes, não tem cura.
Essa é uma doença multissistêmica, ou seja, pode atacar diversas partes do organismo do seu bichinho, algumas vezes de forma bastante grave. Também é comum que a cinomose deixe sequelas, sendo as mais comuns espasmos e tremores involuntários nos músculos.
Como se dá a contaminação?
A cinomose é mais comum em cachorros filhotes ou idosos, pois esses animais costumam ter a imunidade mais baixa. No entanto, também pode acontecer com animais na fase adulta, mesmo que eles estejam saudáveis. Como você já sabe, a doença é causada por um vírus, que é altamente contagioso.
Ele pode ser transmitido pelo ar e também por objetos contaminados. Por isso, é importante evitar o contato e o compartilhamento de objetos com animais que você não conhece.
O contato direto e as secreções de outros animais doentes também são fontes de contaminação. Assim, se for inevitável que seu cachorro conviva com outros, o ideal é que isso seja feito em ambientes abertos, com boa circulação de ar, o que minimiza os riscos.
Esse é um vírus que pode sobreviver por meses em ambientes e objetos, mas que é facilmente eliminado por qualquer desinfetante. Por isso, higienizar bem as superfícies com as quais o seu cachorro entra em contato deve ser um hábito rotineiro.
Felizmente, esse vírus não afeta os humanos, então não precisa ficar com medo caso desconfie que o seu cachorro possa estar infectado. No entanto, é essencial isolá-lo de outros animais imediatamente.
Como prevenir?
Além de evitar situações que favoreçam a infecção, a prevenção pode ser feita de uma maneira simples: com vacina. As vacinas V8 e V10, que todo cachorro deve tomar, são bastante eficientes para manter o vírus CDV, que causa a cinomose, longe do seu amigo.
O ideal é que os cães recebam essas vacinas ainda filhotes, a partir dos 45 dias de vida. No entanto, se você já adotou o seu pet adulto e não sabe se ele foi vacinado, é melhor garantir. Um veterinário pode te orientar a como proceder nesses casos.
Quais são os sintomas?
Um dos maiores desafios do diagnóstico é que os sintomas iniciais são parecidos com os de outras doenças. Entre eles: perda de apetite, tosse, alterações de comportamento e secreções nasais e oculares. A progressão dos sinais se dá de acordo com a fase em que a doença está.
Na fase respiratória, que costuma ser a inicial, os sintomas se parecem com a de qualquer outra doença desse sistema: tosse, febre, secreções e dificuldades para respirar. A próxima fase, mais grave, é a gastrointestinal, quando o animal costuma apresentar diarreia, vômitos e perda de apetite.
A terceira fase costuma atingir o sistema neurológico. É quando podem surgir vocalizações de dor, convulsões, paralisia, alteração de comportamento e contrações musculares involuntárias. Na quarta fase, os sintomas podem aparecer na pele, com conjuntivite e lesões aparentes, entre outros.
Tem tratamento?
O diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento tenha mais chances de cura, o que, infelizmente, não acontece na maioria dos casos. Por isso, procure ajuda assim que notar qualquer um dos sintomas acima. Exames clínicos e de laboratório vão ajudar o veterinário a determinar se é cinomose.
Não há remédios que combatam diretamente o vírus. O que eles conseguem fazer é tratar os sintomas e, com sorte, parar a evolução da doença. Tratamentos alternativos, como acupuntura, também vem sendo cada vez mais recomendados, principalmente para tratar sequelas deixadas pelo vírus.