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Como investir em startups? Conheça o Equity Crowdfunding

Você com certeza conhece Google, Facebook e Amazon. O que elas têm em comum? São empresas de tecnologia que começaram pequenas, na garagem de seus fundadores. E, com uma explosão de crescimento, se tornaram grandes corporações. Além disso, o que há de comum entre elas? Sua base tecnológica e o modelo exponencial de crescimento. E é isso que define a base de startups.

Nesse universo de startups, é possível começar investindo em valores acessíveis. Pense como seria investir no início de um novo “Uber“, começando com o valor de R$1000,00. É isso que este artigo vai esclarecer. Você vai descobrir a possibilidade de fazer isso com o Equity Crowdfunding.

Financiamentos coletivos – Crowdfunding

O termo crowdfunding, alguns anos atrás, se dissipou no Brasil. A difusão do termo se deve às plataformas de financiamento coletivo, as conhecidas “vaquinhas” virtuais. Nessas plataformas, as pessoas podem abrir campanhas de contribuição que permitam viabilizar seus projetos.

A principal finalidade do “crowdfunding” de projetos, é o financiamento coletivo através de doações e premiações. Não há expectativa de retorno financeiro.

As principais plataformas aqui no Brasil são: Catarse, Kickante, Vakinha e Benfeitoria.

Diferente dessas plataformas, o objetivo principal do “Equity Crowdfunding” é o investimento. Por isso, em uma tradução livre, mas ao pé da letra, Equity Crowdfunding, em português, seria “investimento coletivo”. 

Participar em empresas através de Equity Crowdfunding

 

Há o desafio de captação de recursos para empresas em estágios iniciais. Porém, existem vários meios de obter os recursos necessários para o seu negócio, como amigos e parentes, aporte de capital próprio, empréstimos obtidos em instituições financeiras, peer-to-peer lending, investidores anjos ou venture capital.

O equity crowdfunding mostra-se como uma nova opção.

 

A plataforma pioneira desta categoria surgiu na Inglaterra, no ano de 2009. Já nos Estados Unidos, ainda que já existissem algumas iniciativas de Equity Crowdfunding, sua regulamentação só ocorreu em 2012.

Diferente dos financiamentos coletivos, o Equity Crowdfunding não é focado em doações e brindes, mas em investimento. Os interessados podem colocar dinheiro em algum projeto com o objetivo de ter uma rentabilidade futura.

De tudo que há no mercado financeiro, não estamos falando de peer-to-peer lending que se assemelha às debêntures – nesse caso, as empresas captam recursos e pagam com juros.

O Equity Crowdfunding se assemelha com o mercado de ações, onde o investidor tem uma participação na empresa. 

No entanto, nem todo investimento é necessariamente convertido em participação societária. Existem plataformas que concedem o retorno do investimento em títulos conversíveis da dívida.

É possível perceber vantagens para ambos os lados, tanto para as empresas quanto para os investidores. Para as empresas – que, em geral, são startups-, o financiamento coletivo facilita o acesso ao capital.

Para os investidores, duas vantagens principais: primeiro, como o princípio é que seja um financiamento coletivo, o valor do aporte é mais baixo; segundo, é possível diversificar e investir em mais de uma empresa com grande potencial de crescer de forma exponencial.

O Equity Crowdfunding é regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na instrução CVM 588. As empresas que possuem receita anual de até R$10 milhões têm a possibilidade de realizar ofertas por meio do financiamento coletivo na internet sem que seja necessário registrar a oferta e o emissor – isso tudo, de acordo com a regulamentação.

Mas, para proteger o investidor, as ofertas só podem ser realizadas através de plataformas autorizadas.

No entanto, existem requisitos para que as empresas possam captar recursos. Entre outros, a empresa precisa ser uma LTDA e os recursos captados não podem nem ser usados para investir em produtos financeiros nem para aquisição de outros negócios.

Riscos

 

É preciso lembrar que o investimento coletivo é referente a novas empresas e projetos. Da mesma forma que o mercado de ações, participar de um investimento coletivo gera renda variável.

Assim, há a possibilidade de ganhos maiores do que aqueles tradicionais. Em contrapartida, o risco é mais acentuado, o que pode levar, eventualmente, a uma perda de capital por parte dos investidores.

Dados os riscos, no momento de aplicar o dinheiro em algumas plataformas, o investidor tem que declarar que está ciente dos riscos envolvidos no investimento, pois são investimentos de alta volatilidade e poucas garantias.

A Comissão de Valores Mobiliários estipula limite no investimento: R$10 mil por investidor, por ano. A exceção é para investidores que são classificados como qualificados.

Ainda que existam riscos, as plataformas de Equity Crowdfunding fazem seleção e avaliação de risco da empresa que vai captar os recursos – como as plataformas de P2P Lending.

As plataformas de investimento coletivo fazem avaliação no histórico da empresa, qual o motivo da captação de recursos e os balanços financeiros para poder atribuir classificação de risco à empresa.

Os dados são todos apresentados ao investidor para que este possa fazer uma análise e tomar uma decisão consciente.

Existem diversas plataformas de Equity Crowdfunding no Brasil. Entre na Fincatch e conheça.

Este artigo foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog da Fincatch. Lá você encontra diversos conteúdos sobre o universo das fintechs.