Ter o próprio negócio é o sonho de muitas pessoas, principalmente, dos brasileiros.
Um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), de 2017, intitulado “Jovens Empresários Empreendedores”, demostrou que dois em cada três brasileiros, entre 25 a 35 anos, têm como principal objetivo abrir uma empresa.
O número representa cerca de 75% da população, uma porcentagem bastante significativa. No entanto, muitas pessoas dão início ao próprio negócio, mas não possuem nenhum planejamento.
O resultado é a morte precoce de muitas empresas, logo no primeiro ano de vida. E não somente se culpa a falta de diligência, mas também, o desconhecimento sobre o cenário de mercado atual.
Sendo assim, antes de começar qualquer negócio, é necessário ter um projeto em mãos, para avaliar as melhores formas de economizar, obter lucratividade e manter a empresa funcionando.
Como abrir um negócio próprio: dicas e recomendações
Abrir a própria empresa pode ser uma tarefa difícil, porém com algumas dicas o trajeto pode se tornar mais simples e mais certeiro. Elencamos alguns desses pontos, acompanhe.
Trabalhe com o que gosta
Para quem deseja abrir um próprio negócio, a primeira dica é escolher algo que goste. Quando trabalhamos com prazer, tudo fica mais fácil.
Por exemplo, se você gosta de moda, pode pensar em abrir uma loja de roupas, um ateliê ou uma consultoria.
Pesquise sobre o campo em que deseja atuar, verificando como está o mercado para o setor e se há perspectivas de crescimento.
Faça anotações das suas principais ideias de negócios. Além disso, é interessante conversar com familiares e amigos, para perguntar o que eles acham do seu projeto.
Essa será uma abordagem inicial, mas de grande valia para quem tem dúvidas de como começar um empreendimento.
Abra uma MEI
Desde 2009, com a criação da Lei nº 11.598/2007 e a Lei Complementar nº 128/2008, abrir um negócio ficou muito mais fácil.
Agora, é possível se cadastrar como microempreendedor individual, possibilitando a formalização de vários trabalhadores informais para atuação como pessoa jurídica.
Com isso, é possível abrir um pequeno negócio com Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), emitir notas fiscais e ter os direitos, como auxílio maternidade, auxílio doença e aposentadoria.
Para ser registrado como MEI, o empreendedor deve:
- Ter faturamento de no máximo R$81 mil por ano;
- Não ser sócio, administrador ou titular de qualquer outra empresa;
- Não contratar mais de 1 funcionário;
- Exercer atividades dentro do que é permitido no MEI.
Muitas pessoas que trabalham sozinhas, como é o caso de representante comercial, optam pela abertura do MEI, devido à todas as vantagens oferecidas.
O cadastro não é recomendado para empreendedores que buscam abrir grandes negócios, com pretensão de contratar mais de um funcionário.
Por isso, é importante verificar todas as atribuições do MEI e o que é permitido, conforme a legislação.
Plano de negócios: a melhor fórmula para o sucesso
Essa é uma das partes essenciais para quem deseja empreender.
O Plano de Negócios é um documento não obrigatório, contudo, ele é o principal responsável por avaliar todos os desafios, riscos, probabilidades e chances de sucesso de um empreendimento.
Lá, você poderá simular valores, além de calcular o retorno do investimento.
Ou seja, o Plano de Negócios permite que você pontue todos os gastos inicias para abrir a empresa, incluindo, a aquisição de equipamentos.
Afinal, dependendo do empreendimento, é necessário comprar alguns artigos.
Por exemplo, em uma lanchonete, é imprescindível ter uma vitrine expositora de salgados, para colocar os alimentos e chamar atenção dos clientes. Em uma loja de roupas, é necessário investir em manequins.
Mas, além de colocar de maneira detalhada e objetiva todos os custos com equipamentos, o Plano de Negócios também permite o cálculo de gastos indiretos, muitas vezes esquecidos pelos empreendedores, como as contas referentes ao consumo de energia e água.
Tudo isso faz parte dos gastos envolvidos com a empresa e que devem ser considerados.
A aquisição de dispositivos para a área financeira também é contabilizada pelo documento. No caso de comércios, recomenda-se a aquisição de uma máquina para contar dinheiro, que irá facilitar os trabalhos de gerenciamento e controle.
Todos esses detalhes, quando colocados no papel, ficam mais fáceis de serem visualizados e analisados, com previsões muito próximas da realidade.
O Plano de Negócios também inclui uma parte destinada ao marketing da empresa.
Isso quer dizer que é possível avaliar os custos com materiais de divulgação, incluindo banner promocional, displays, anúncios publicitários, propaganda e gerenciamento em redes sociais e entre outros.
Além da contratação de pessoas especializadas para divulgação, como uma agência publicitária e produtores de conteúdo.