Quem investe a longo prazo, pensando na aposentadoria, quer um rendimento acima da média. Contudo, a alta da inflação pode trazer algumas preocupações para esses investidores. Mas, afinal, como a inflação impacta os investimentos? Entenda agora!
Com o aumento da inflação e a alta dos juros, muitas pessoas que fazem aplicações em previdência empresarial se sentem compelidas a mudar os seus investimentos. Afinal, alguns investimentos ganham rentabilidade com a alta da inflação, enquanto outros perdem.
Porém, os planos de previdência empresarial são feitos pensando a longo prazo. Assim, as mudanças pontuais na economia não devem servir de parâmetro para indicar se o ativo irá ou não valorizar até o resgate.
Assim, é importante apostar também em outras aplicações, mas entendendo como a inflação pode impactar seus investimentos para fazer escolhas assertivas. Continue lendo para saber mais detalhes!
Como funciona a previdência empresarial?
Ter um investimento a longo prazo é a melhor forma de garantir um futuro independente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Por isso, a previdência empresarial se tornou muito atrativa nos últimos anos, tanto para colaboradores quanto para empresas.
Normalmente, o plano de previdência empresarial é oferecido como um benefício aos funcionários, podendo ou não contar com a participação da empresa em seu custeio.
Assim, ao aderir a um plano desses, a empresa incentiva seus colaboradores a ter um objetivo financeiro de longo prazo ou a construir um patrimônio que garanta sua aposentadoria.
Afinal, na previdência empresarial há uma fase em que o funcionário faz aportes mensais, normalmente com uma parte do seu salário, e uma fase de usufruto.
Ou seja, a fase em que ele recebe os recursos acumulados em forma de renda ou por meio de resgate.
Além disso, a empresa também pode contribuir com a mesma quantia aplicada pelo colaborador. Contudo, essa colaboração é opcional.
Mas, e com relação a outros investimentos, como funciona? Descubra a seguir!
Como funciona outros investimentos
Existem duas modalidades de investimentos, sendo elas: Renda Fixa e Renda Variável.
Os investimentos de Renda Fixa costumam ser os mais procurados por quem procura segurança e rendimentos mais estáveis.
Já, os investimentos em Renda Variável são mais procurados por aquelas pessoas que querem retornos expressivos, mesmo que para isso precisem correr algum risco de perda.
Contudo, independente se você está começando a investir ou se pretende cuidar melhor dos seus investimentos, é necessário, antes de tudo, entender cada modalidade de investimentos.
Renda Fixa
Normalmente, os investimentos de renda fixa funcionam como um empréstimo do seu dinheiro para o emissor.
Essa quantia é usada para financiar projetos, pagar dívidas ou mesmo em desenvolvimento de outras áreas como o setor imobiliário ou o agronegócio.
Em troca desse empréstimo você recebe uma taxa de rentabilidade definida em cima do valor aplicado na hora da compra.
Neste caso, o rendimento varia de acordo com a aplicação escolhida, mas você sabe, na hora em que aplica, de quanto será o retorno.
Renda Variável
Diferente da Renda Fixa, em casos de Renda Variável os retornos não são previsíveis. Assim, ao investir nesta modalidade, você não tem certeza de quanto será o seu rendimento ao longo do tempo.
Isso ocorre porque os investimentos em Renda Variável variam de acordo com alguns fatores como:
Empresa ou ativo principal;
- Cenário econômico e político local ou externo;
- Setor de atuação.
Mas, afinal, onde entra a inflação nisso tudo? Descubra a seguir!
Como a inflação impacta os investimentos
Para entender como a inflação impacta seus investimentos é preciso, antes de tudo, saber o que é o IPCA e a Taxa SELIC.
- IPCA (Índice de Preços no Consumidor): Usado para observar a tendência de inflação, o IPCA usa como base períodos anteriores para calcular a base no preço médio necessário para comprar um conjunto de bens de consumo e serviços no país; ]
- Taxa Selic: É a taxa dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial.
Dessa forma, quando o IPCA está baixo, a notícia é boa para os investimentos. No entanto, é preciso também analisar a Taxa Selic.
Afinal, quando a taxa básica de juros da economia diminui, a rentabilidade nominal das aplicações também é reduzida.
Assim, quando inflação e Selic estão reduzidas, os investimentos atrelados ao IPCA tendem a ser menos rentáveis.
Por isso, muitas pessoas vêem a inflação como uma vilão. Afinal, além de ser inimiga dos consumidores, reduzindo seu poder de compra, ela também reduz os rendimentos dos investidores.
Porém, ainda assim é possível proteger seus investimentos ou mesmo usar a alta da inflação como sua aliada. Continue lendo para saber mais!
Como proteger meus investimentos
Claro que, ao investir, seu objetivo é ganhar mais dinheiro, certo?
Para isso, sua aplicação financeira deve estar igual ou acima da inflação. Essa é a melhor forma de proteger seus investimentos.
Isso quer dizer que, se a SELIC, por exemplo, estiver a 8,5% ao ano, seu rendimento também deve estar a 8,5% ou mais ao ano.
Assim, quem tem aplicações muito conservadoras como o Tesouro Selic, por exemplo, ou mesmo a poupança, pode estar exposto e acabar sendo engolido pela inflação.
Conheça algumas opções, ainda seguras, mas menos expostas para proteger seus investimentos!
Tesouro IPCA+
Já sabemos que a modalidade Renda Fixa proporciona investimentos mais seguros, não é mesmo? O Tesouro IPCA+ se encontra nessa modalidade. Assim, ele é uma aplicação que, além de proporcionar segurança, remunera a inflação do período mais uma taxa prefixada.
Fundos Imobiliários
Outra opção bastante segura são os fundos imobiliários. Eles são aplicações que possuem lastro em imóveis reais, cujos aluguéis são corrigidos pelo IPCA ou IGPM. Assim, o valor dos rendimentos pode subir de acordo com a inflação.
Ações de empresas sólidas
Já dentro da modalidade Renda Variável, as ações de empresas sólidas são uma excelente opção para proteger seus investimentos contra a inflação.
Neste caso, as melhores opções são empresas dos setores ligados à distribuição e transmissão de energia, já que os contratos são reajustados pelo IPCA ou IGP-M.
Agora que você já sabe como a inflação pode impactar seus investimentos e como se proteger deste impacto, é importante saber diversificar.
Afinal, diante das incertezas no cenário brasileiro e das tensões do mercado externo, a diversificação é a atitude mais segura que você pode ter.
Ou seja, você pode distribuir seus investimentos entre as Rendas Fixas e Rendas Variáveis para que, se caso uma desacelerar, a outra poderá te recompensar.