Antes mesmo da série Bridgerton chegar ao serviço de streaming em 2020, as obras de Julia Quinn já faziam sucesso entre os fãs de romances de época.
Até porque a autora trabalha com personagens fortes e com traços feministas, por mais que suas histórias se passem entre os séculos 17 e 19.
Seus livros encantam os mais variados públicos: desde aqueles que preferem romances mais doces, os famosos “água com açúcar”, aos que gostariam de um pouco mais de erotismo em histórias de época já conhecidas. Há quem diga que a autora seria a Jane Austen da atualidade. Conheça um pouco mais sobre Julia Quinn e sua carreira.
Pseudônimo e início de carreira
Formada pela Universidade de Harvard em História da Arte, Julia Quinn não tinha ideia do que fazer depois que terminasse o curso. Julie Pottinger (esse é seu verdadeiro nome) chegou a pensar em ser médica, tendo iniciado o curso em Yale. Enquanto decidia sobre sua carreira, já estava escrevendo livros. Foi então que percebeu não ser a medicina o seu grande sonho.
Antes de desenvolver as histórias mais conhecidas pelo público, ela já mostrava seu talento ainda na infância e adolescência. Nascida na década de 70, sempre foi apaixonada por leitura e chegou a submeter um romance para a série Sweet Dreams, que seu pai considerava inadequada. Ela decidiu, inclusive, escrever um livro como forma de provar ao pai que suas leituras eram úteis e interessantes.
Autora feminista
Julia se considera feminista, por isso faz questão de incluir características do feminismo em suas personagens, mesmo em romances de época.
Durante a leitura da sequência Bridgertons, por exemplo, é possível perceber que o foco é sempre uma mocinha de características marcantes. Além disso, os mocinhos não têm nada de bad boys, sendo todos muito gentis e respeitosos.
Romance Writers of America’s Hall of Fame
A escritora é uma das mais jovens a fazer parte da gama de escritores de romance dos Estados Unidos. Isso mostra o grande sucesso que todas as suas obras conquistaram. Até porque, atualmente, ela já tem mais de 15 milhões de exemplares vendidos no mundo, sendo 2 milhões deles vendidos no Brasil.
Riqueza de detalhes
A característica mais forte da escrita de Julia Quinn é a riqueza de detalhes em seus textos. Por mais que se passem nos séculos 17, 18 ou 19, o leitor consegue se ambientar facilmente e as personagens se comportam como se estivessem naquela época.
Além disso, esse detalhamento também facilita o entendimento das obras. Só em Bridgertons, por exemplo, são oito irmãos que aparecem ao longo da história. Ainda assim, você consegue diferenciá-los facilmente, pois a autora soube colocar características únicas e marcantes em cada um.
Romance “água com açúcar”
Mesmo com muitos detalhes em seus livros, seu foco não é trazer uma leitura densa e pesada. Ao contrário: são romances tidos como leves e tranquilos, com finais felizes e muitas vezes previsíveis, ótimos para fugir da ressaca literária.
Antes de escritora, leitora
A leitura sempre fez parte da vida de Julia Quinn. Na infância e adolescência ela já devorava livros, o que acredita-se tê-la influenciado a querer ser escritora. Fosse a vontade de mudar finais ou criar sua própria história, foi experienciando a literatura enquanto leitora que ela percebeu seu dom.
Mesmo agora, já consolidada em sua carreira e conhecida mundialmente, ainda continua sendo uma leitora ávida. Costuma trazer recomendações de livros lidos em sua página do Facebook. Assim, seus fãs podem, além de acompanhar suas obras, entender os gêneros de leitura que inspiram a autora.
Texto: Gear Seo