O planejamento financeiro empresarial pode ser definido como um guia, criado com base em dados fiscais, econômicos e contábeis, o qual permite aos gestores de uma empresa prever o futuro da companhia no que se refere à sua condição financeira.
A ideia com a geração desse documento é ter um suporte montado com dados confiáveis que contribuam para tomadas de decisões mais assertivas e estratégicas, visto que são usadas informações atuais do negócio para se preparar para acontecimentos que estão por vir.
Mas por que o planejamento financeiro empresarial é importante? Bem, sobre isso, podemos partir do princípio que a organização financeira é um dos pilares fundamentais para a sustentabilidade de uma companhia.
Sem um controle financeiro empresarial efetivo se torna um tanto complicado, por exemplo, definir e implementar metas de expansão.
Esse princípio funciona, basicamente, como a gestão pessoal que fazemos com o nosso dinheiro. Para conseguirmos pagar todas as despesas fixas que temos, e ter uma boa qualidade de vida, é importante controlarmos pontualmente o que entra e o que sai da nossa conta, concorda?
Quando não fazemos isso, a tendência é chegar ao final do mês sem dinheiro, ou deixar de arcar alguns compromissos financeiros, ficando com contas em atraso que geram uma série de transtornos.
Nas empresas, esse processo também é essencial, e visa garantir que o negócio tenha os recursos financeiros necessários para suprir custos e despesas, bem como quantia suficiente para se programar rumo ao seu crescimento.
A importância desse documento já deve ter ficado clara, mas a dúvida que deve estar passando na sua cabeça agora é: “Como montar um planejamento financeiro empresarial que realmente ajude a alcançar todos esses resultados?”
É exatamente isso que vamos explicar agora. Por isso, continue a leitura deste artigo e confira!
O que é planejamento financeiro empresarial?
Assim como definimos anteriormente, o planejamento financeiro empresarial é uma ferramenta de gestão que permite aos empreendedores preverem e se programarem para o futuro dos seus negócios, tendo como base a situação financeira atual da companhia.
É possível dizer também que se trata de um guia programático, o qual é formulado como base nas informações monetárias de empresa, tais como margem de lucro, margem de contribuição, custos das mercadorias vendidas, entre outros.
Por meio desse documento é possível estimar diferentes vertentes que afetam (e até determinam) o crescimento de um negócio. Alguns exemplos de previsões que podem ser feitas são:
- fluxo de caixa;
- margens de lucro;
- ponto de equilíbrio financeiro.
Ao se respaldar nessas informações, os gestores têm informações solidificadas para tomarem as suas decisões, o que também contribui para diminuir os erros e reduzir potenciais perdas financeiras decorrentes de estratégias equivocadas.
Nesse cenário, se tornar possível definir e implementar as mais variadas estratégias rumo ao futuro e expansão da empresa, tais como:
- quais investimentos com foco em melhoria podem ser feitos;
- viabilidade de abertura de filiais;
- adoção de novas tecnologias;
- expansão do quadro de funcionários;
- compra de novos maquinários;
- mudança de local de atuação.
Uma das vantagens que se destaca quanto ao uso desse documento é que esses, e outras abordagens semelhantes, podem ser postas em prática com o mínimo de risco financeiro possível, considerando que, primeiro, foi feita uma previsão financeira empresarial bem respaldada em dados e informações concretas.
Quais são as etapas do planejamento financeiro empresarial?
Não há uma metodologia específica que deve ser seguida para fazer esse tipo de planejamento financeiro.
No entanto, há algumas etapas que precisam ser consideradas e realizadas pelos gestores para elaboração desse documento, que são:
- definição das metas e objetivos empresariais;
- levantamento da situação financeira atual;
- elaboração de um plano de ação;
- criação do plano orçamentário;
- previsão de variados cenários;
- acompanhamento dos resultados.
Definição das metas e objetivos empresariais
Já que o planejamento financeiro visa o futuro da companhia, nada mais adequado que começar a sua elaboração definindo quais metas e objetivos se pretende alcançar com essa estratégia.
Dessa forma, é possível ter uma noção mais bem definida do que precisa ser ajustado financeiramente para atingir esses propósitos.
Levantamento da situação financeira atual
O passo seguinte consiste em fazer um levantamento pontual da atual situação econômica do negócio. Aqui, devem entrar informações tais como:
- movimentação financeira diária, semanal e mensal;
- gastos fixos e eventuais;
- custos para manter o negócio funcionando;
- margem de lucro;
- margem de contribuição;
- ticket médio.
Ou seja, todos os dados pertinentes à vida financeira da empresa e seus resultados atuais, lembrando sempre de abranger todos os setores da companhia.
Elaboração de um plano de ação
A elaboração do plano de ação é, praticamente, a junção dos dois passos anteriores. Ou seja, é o momento de alinhar as metas e objetivos à realidade financeira do negócio.
A ideia aqui é definir quais estratégias precisam ser colocadas em prática para atingir os propósitos definidos anteriormente — por exemplo, ações que ajudem a reduzir perdas financeiras para que esse montante seja direcionado para a compra de novos maquinários, entre diversas outras possibilidades.
É bem importante registrar adequadamente tudo o que foi definido nesse plano, bem como prazos, orçamentos e responsáveis para que seja possível fazer um acompanhamento preciso do andamento das atividades.
Criação do plano orçamentário
E por falar em orçamento, é bastante interessante criar um plano para isso que preveja as movimentações financeiras da empresa mês a mês.
Nesse caso, podem ser incluídas informações como projeção de vendas, de despesas, de custos produtivos, investimentos em melhorias programadas, entre outros pontos semelhantes.
Previsão de variados cenários
E como estamos falando em planejamento, é essencial que essa abordagem antecipe os resultados de diferentes cenários, considerando desde o mais promissor, até o mais catastrófico.
Isso é importante porque ajuda os gestores a terem mais flexibilidade para ajustar metas e objetivos às mudanças, caso situações externas e internas afetem as propostas iniciais.
Acompanhamento dos resultados
Mas o planejamento financeiro não deve ser criado e guardado em uma gaveta. Não se esqueça que se trata de uma ferramenta de gestão, a qual precisa ser acompanhada e atualizada sempre que necessário, e a melhor forma de fazer isso é acompanhando os resultados obtidos periodicamente.
E no que se refere à metodologia, como dissemos, não existe uma específica. Por conta disso é possível usar, por exemplo, algo com o Ciclo PDCA, que consiste em:
- P: Plan: planejar
- D: Do: fazer
- C: Check: checar
- A: Action: agir
O mais importante é ter em mente que esse tipo de planejamento deve fazer parte do gerenciamento financeiro de uma empresa, sendo essencial para a sustentabilidade e crescimento de qualquer negócio, independentemente do seu porte ou segmento.
Este artigo foi escrito pela Zoop, fintech líder em tecnologia para serviços financeiros.