As novas tecnologias impactam a vida das pessoas e no mundo jurídico isso não é diferente. O Legal Design é uma nova forma de abordar e oferecer serviços jurídicos usando técnicas de Design Thinking (metodologia para solução de problemas de forma coletiva).
Atualmente o advogado não precisa sequer sair de seu escritório para fazer a petição de um processo com tantas ferramentas disponíveis para desenvolver seu trabalho. O Legal Design pode trazer uma grande ajuda nesse sentido.
Para saber mais sobre o tema, continue a leitura!
O que é Legal Design?
O Legal Design surgiu nos Estados Unidos a partir de estudos realizados na Stanford Law School, que visavam oferecer soluções jurídicas aos clientes através de tecnologias que fossem acessíveis a todos.
Sua aplicação vem do Design Thinking ao mercado jurídico na busca de inovação. O Design Thinking é uma ferramenta muito usada no meio corporativo para solucionar problemas de forma coletiva e colaborativa para criar empatia com os clientes.
Essa inovação jurídica visa criar empatia com os clientes e apresentar soluções de forma prática ao acesso à justiça, além do aprimoramento do trabalho dos advogados que fazem uso dos Tribunais.
O seu conceito visa tornar aspectos jurídicos mais atrativos através de imagens e infográficos. Sua principal característica é usar componentes tecnológicos para tornar os processos menos burocráticos na esfera do direito.
Resumindo, usar o Legal Design é ajudar as pessoas que precisam usar informações jurídicas, documentos, políticas e identificar, por meio da empatia, como o sistema jurídico pode ser mais direto, mais envolvente e mais amigável.
O que é Design Thinking?
Como o Legal Design usa métodos do Design Thinking, é importante entender o seu significado para contextualizar melhor o tema.
Trata-se de um método utilizado para ofertar produtos e serviços aos consumidores em geral. É muito usado por empresas que desejam aperfeiçoar seus serviços em forma de design gráficos para criação de um produto.
Como o próprio nome sugere, Design Thinking é uma forma de abordagem originada na área de design e adaptada às empresas e corporações. O termo significa “pensamento do design” ou “pensar como um designer”.
Quais as formas de Legal Design?
O Legal Design está dividido em duas áreas: o Visual Law e as Metodologias Ágeis. A partir dessas ferramentas, o Legal Design incorpora o Design Thinking, a Tecnologia e o Direito. Vamos a elas!
Visual Law
Com o avanço tecnológico, os escritórios de advocacia estão em constante transformação. A era digital já chegou também ao judiciário e por meio do Legal Design e do Visual Law a agilidade nos processos já é uma realidade entre advogados e magistrados.
Segundo a professora Margaret Hagan, da Faculdade de Direito da Universidade de Stanford, o Visual Law: “é uma proposta inovadora para aprimorar documentos legais, produtos, serviços, políticas ou organizações”.
Porém ainda existe uma certa confusão entre os conceitos de Legal Design e Visual Law. Para Hagan o Legal Design é a reformulação dos serviços jurídicos com foco na resolução do problema do destinatário final, seja ele o juiz, as partes, os promotores etc.
Já o Visual Law é a parte do Legal Design que utiliza técnicas visuais e de linguagem para facilitar a comunicação nos documentos jurídicos”.
Metodologias Ágeis
O conceito de metodologias ágeis está relacionado ao desenvolvimento de softwares especializados em processos jurídicos, que aumentam a produtividade e agilidade através da tecnologia.
As Metodologias ágeis estão focadas em quatro pilares:
- Indivíduos e a interação com as inovações;
- Aplicação do software e testes de funcionamento;
- Colaboração e a participação ativa dos clientes;
- Foco em respostas rápidas e mudanças.
Continue a leitura para entender mais sobre a importância dessa estratégia, bem como alguns outros detalhes que são relevantes.
Por que o Legal Design é importante?
Um dos principais motivos para que escritórios de advocacia adotem o Legal Design é oferecer mais clareza aos clientes sobre petições e documentos legais, gerando maior entendimento sobre a linguagem jurídica.
O Legal Design torna mais eficiente as mensagens desejadas pelos clientes, seja ela um contrato ou uma peça processual, além de aprimorar a experiência, a compreensão e o conhecimento dos interessados.
Ademais, o Legal Design agiliza também o processo de decisão do Poder Judiciário, afinal as petições podem ser despachadas mais rapidamente.
A argumentação jurídica aliada a imagens gera maior impacto durante a apresentação da tese. Elementos ilustrativos causam mais emoções e tornam mais eficientes as argumentações.
Por fim, o uso de elementos tecnológicos em assuntos jurídicos aumenta a credibilidade de petições e colabora com o julgamento de ações complexas.
Etapas do Legal Design
Para o Legal Design ser colocado em prática são necessárias algumas etapas a serem concluídas antes de sua implementação. Vamos a elas!
Interpretação
Após desenvolver as principais hipóteses para resolução de problemas, é o momento de achar soluções para implementar a obtenção de respostas e fazer um resumo de tudo em apenas uma única frase. Algo que sintetize tudo em poucas palavras.
Ideação
Esta etapa é muito importante e deve ser muito criativa. É hora de desenvolver uma solução através de uma reflexão sobre a melhor forma de aplicação do método para a resolução do problema.
Seu desenvolvimento deve abranger novas ideias, deixando padrões tradicionais de lado, pois geralmente não costumam dar resultado.
Experimentação
Depois de idealizar todo o processo, chegou o momento de fazer a prototipação. Ou seja, fazer testes para colocar tudo o que foi pensado em prática. O protótipo serve para corrigir possíveis erros e aprimorar o modelo a ser apresentado.
Evolução
A etapa derradeira serve para entender como o projeto está evoluindo, ela deve ser feita diariamente para avaliar os resultados do Legal Design. Dessa forma, a equipe consegue um aprimoramento considerável no processo jurídico a ser implementado.
Onde é possível aplicar o Legal Design na advocacia?
Sua aplicação pode ser feita de várias formas em processos jurídicos. Qualquer forma que possa inovar e simplificar processos jurídicos já pode ser considerada como uma abordagem de Legal Design.
A aplicação do Legal Design deve criar a maneira mais centrada no usuário, inclusiva e eficaz de comunicar os conceitos, direitos e processos legais relevantes. Um exemplo é a forma como petições e contratos são estruturados.
O uso dessa metodologia permite que mudanças estruturais a partir de tecnologias usadas no contexto jurídico, auxiliam advogados e clientes a produzirem documentos mais ajustados às normas legais de forma mais ágil e com validação digital.
Com o uso de softwares jurídicos, o gerenciamento dos processos se torna mais eficiente com a utilização do Legal Design. Concluindo, o Legal Design traz a constatação que a advocacia deve estar sempre voltada para o cliente e não nos advogados.
Com o seu uso, o serviço jurídico pode ser entendido de forma clara pelos clientes e acessado de maneira ágil e simplificada por quem procura por serviços jurídicos.
Este conteúdo foi produzido em parceria com a 3MIND, a maior agência de Marketing Jurídico do Brasil, que conta com uma equipe composta por experts em Marketing Digital nas mais inúmeras formações, de Advogados à Publicitários.