Esse ano, em meio a todo o frenesi ocorrido no setor econômico por conta da pandemia do novo coronavírus, o Banco Central (BC) informou ao país sobre o novo sistema de pagamentos, o já famoso PIX.
A partir de então, muitas dúvidas, incertezas e notícias falsas vêm sendo veiculadas sobre esse assunto e sobre a segurança desse tipo de transação.
Após o início do cadastramento das chaves de segurança, aumentou muito o número de pessoas interessadas no assunto, visto que foram informadas pelo próprio banco sobre o PIX e sobre a sua gratuidade para fazer transferências, diferente do TED e DOC.
Apesar disso, ainda existe alguma confusão sobre exatamente o que é o PIX, se é algum tipo de investimento, como o Itaú Previdência, ou se vai funcionar como uma forma de pagamento, como TED ou DOC.
De maneira geral, o PIX é diferente do sistema com o qual estamos acostumados, mas pode ter certeza, que chegou para revolucionar os pagamentos feitos aqui no Brasil.
Para te tranquilizar, nesse artigo vamos detalhar tudo sobre esse meio de pagamento e quais os métodos de segurança oferecidos por ele. Boa leitura!
Afinal, o que é o PIX?
Atualmente, muitos especialistas da área econômica estão comparando essa nova era com a mesma agitação ocorrida quando foi implementado o uso do cartão de crédito aqui no Brasil: veio para agregar e facilitar a vida de quem realiza pagamentos frequentemente.
De maneira geral, o PIX é um meio de pagamento, da mesma forma como é o TED, DOC, boleto e transferências entre contas. Essa nova forma foi criada pelo Banco Central e deverá ser implementada por todos os bancos.
Como fazer um PIX
Existem algumas opções para realizar um pagamento através do PIX. É possível fazer através da leitura de um QR code a partir da câmera do seu smartphone ou via aplicativo da sua instituição financeira.
Em seguida, será necessário informar uma chave Pix já conhecida – CPF/CNPJ, e-mail ou telefone do recebedor – ou utilizar uma aleatória, através da opção disponibilizada pelo aplicativo utilizado.
Apesar de ser uma forma a mais de proteger e facilitar a transferência de dinheiro, fazer uso das chaves não é imprescindível para realizar um PIX.
O que é uma chave?
No PIX, a chave é uma forma de identificação da sua conta. De maneira simplificada, ela representa o endereço da sua conta no PIX e existem quatro tipos de chaves que podem ser utilizadas:
- CPF ou CNPJ;
- E-mail;
- Número de telefone celular,
- Chave aleatória: maneira de receber um PIX sem precisar informar qualquer dado ao pagador. É composta por um conjunto de números, letras e símbolos gerados aleatoriamente para identificar sua conta e permitir o envio e recebimento de dinheiro.
A chave escolhida vincula alguma dessas informações básicas às informações completas que, por sua vez, identificam a conta transacional do cliente – instituição financeira ou de pagamento, número da agência, número e tipo da conta.
Cada cliente, no caso de pessoa física, pode ter até cinco chaves para cada conta onde for titular. Já no caso de cliente cadastrado como pessoa jurídica, pode ter até 20 chaves para cada conta.
É necessário cadastrar uma chave para utilizar o PIX?
De maneira geral, cadastrar suas chaves não é uma ação imprescindível para fazer ou receber um PIX. Entretanto, o próprio Banco Central orienta a favor do cadastramento das chaves na hora de receber um PIX.
Mesmo que você ainda possa receber dinheiro apenas pela informação dos dados da sua conta bancária, as chaves oferecem maior praticidade e agilidade para a transação – diferenciando o PIX de uma transferência bancária comum.
Quem pode fazer um PIX?
De acordo com o Banco Central, qualquer pessoa física ou jurídica que tenha uma conta corrente, poupança ou de pagamento de pré-pago em uma instituição financeira ou de pagamento participante do PIX.
Assim, não é necessário possuir uma conta corrente para realizar um PIX. Basta ser portador de uma conta em um prestador de serviços de pagamento, seja uma instituição financeira ou de pagamento.
Além disso, o BC afirma que o PIX não é exclusivo de bancos. Isso significa que outras empresas, como fintechs, podem sim oferecer PIX de maneira segura aos seus clientes.
Múltiplas contas no PIX
Caso você esteja imaginando como fica a situação de alguém que possui mais de uma conta em uma instituição financeira ou de pagamento, suas dúvidas terminam aqui.
Segundo o Banco Central, quem tem mais de uma conta pode, sim, incluir todas ao PIX. Em casos como esse, você deve fazer uso de chaves diferentes para vincular as diferentes contas transacionais.
Assim, o recomendado é usar, por exemplo, o CPF vinculado à conta corrente de uma instituição, enquanto o telefone celular é vinculado à conta de pagamento de outra instituição.
Porque o PIX é seguro?
O Banco Central garante um alto nível de segurança através de diversos estudos e controles realizados, comparando requisitos de disponibilidade, confidencialidade, integridade e autenticidade das informações.
Dessa forma, todas as transações irão ocorrer através de mensagens assinadas digitalmente, que trafegam de maneira criptografada, por uma rede protegida e afastada da internet.
Outro ponto importante que tem preocupado bastante os usuários, é em relação à segurança dos dados pessoais de cada um.
No caso das chaves PIX, elas são armazenadas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT).
Em relação às informações dos usuários, elas são criptografadas e protegidas através de mecanismos específicos que impedem que ocorra varredura das mesmas.
Dessa forma, é possível perceber que o Banco Central se preocupou em garantir a segurança de todos os usuários no novo serviço, o PIX.
Além disso, você também pode adicionar mais uma camada de proteção à sua conta, através do cadastramento das chaves.