Quanto vou receber se pedir demissão? Essa é uma dúvida comum para profissionais que pensam em pedir a rescisão do contrato. Se identificou?
Então, é preciso saber quais são os seus direitos ao pedir demissão do emprego. Afinal, o planejamento financeiro é crucial nesse momento.
Mapear os valores é fundamental antes de tomar a decisão, além de ponderar se realmente é hora de buscar novas oportunidades.
Neste artigo, saiba quanto você vai receber se pedir demissão e o que levar em consideração antes de optar pela rescisão.
Vou receber algo se pedir demissão?
Sim, o profissional que pede demissão tem acesso a direitos que são garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Nesse caso, ele recebe os valores referentes aos seguintes itens:
- Salário proporcional
- Férias proporcionais
- Férias vencidas
- Décimo terceiro profissional
- Banco de horas (se tiver feito horas extras).
Todos os direitos devem ser pagos em até dez dias após o término do contrato.
No entanto, ao pedir demissão, o funcionário não tem direito a retirar multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), nem receber seguro-desemprego.
Vale lembrar que, caso opte pela demissão, você deve conceder o aviso prévio, que consiste em 30 dias para quem recebe salário quinzenal ou mensal.
Assim, o profissional cumpre o período de aviso prévio e não tem nenhum desconto na rescisão.
Caso não trabalhe durante esse período, a empresa desconta o valor do aviso prévio, que equivale a um salário mensal, da rescisão do funcionário.
Quanto vou receber se pedir demissão?
Saber quanto vai receber se pedir demissão é essencial para se planejar financeiramente, principalmente se você ainda não tiver uma vaga em vista em outra empresa.
Para ajudar, explicamos a seguir como deve ser feito o cálculo relativo a cada direito garantido nessa situação. Confira.
Salário proporcional
Também chamado de saldo de salário, o salário proporcional é o valor referente à quantidade de dias trabalhados no mês em que o funcionário pede demissão.
O cálculo consiste no valor integral do salário dividido por 30 e pela multiplicação do resultados pelo número de dias trabalhados.
Vamos supor que você tenha pedido demissão no começo de novembro e, nesse mês, trabalhou 15 dias. Seu salário é de R$ 5.000.
Nesse caso, o cálculo seria: 5.000 / 30 x 15. O salário proporcional, portanto, seria de R$ 2.500.
Férias proporcionais
Esse ponto consiste no valor referente ao período aquisitivo incompleto de férias.
Se você trabalhou somente por cinco meses, por exemplo, ainda não tem direito a férias normais, já que é necessário fechar 12 meses.
Por isso, ao pedir demissão, receberá o valor de férias proporcionais a esses cinco meses.
No cálculo, basta dividir o valor do salário mais 1/3 dividido pelo número de meses trabalhados.
Considerando um salário de R$ 5.000 e cinco meses trabalhados, o cálculo seria este: 5.000 + 1.666,66 / 5.
Ou seja: você receberia R$ 1.333,33 referentes a férias proporcionais.
Férias vencidas
Caso você tenha trabalhado por 12 meses na empresa, mas não exerceu o período de férias após completar esse período, você também tem direito ao valor de férias vencidas na rescisão.
As férias vencidas devem ser pagas em dobro, a partir do valor do salário integral acrescido de 1/3 e multiplicado por 2.
Portanto, temos a seguinte equação: salário integral + 1/3 x 2.
Décimo terceiro
Ao pedir demissão, você tem direito a receber o 13º proporcional ao meses trabalhados.
O cálculo é este: o valor do salário é dividido por 12, e o resultado é multiplicado pelo número de meses trabalhados no ano.
A partir de 14 dias trabalhados no mês, já é possível contabilizá-lo como um mês inteiro.
Por exemplo: seu salário é de R$ 6.500 e você trabalhou de janeiro a setembro na empresa.
O cálculo seria: 6.500 / 12 x 9. Então, você ganharia R$ 4.875 referentes ao 13º proporcional.
Horas extras
Caso você tenha realizado horas extras, o tempo acumulado no banco de horas também devem ser pago na rescisão.
Como saber se é hora de pedir demissão?
Se você ainda não tem certeza se é a hora de pedir demissão, é aconselhável não tomar essa decisão por impulso.
O fator financeiro é importante, claro. Mas ele não é o único critério a ser considerado ao julgar se vale a pena sair do emprego.
Nessa hora, pondere se a empresa oferece oportunidades para alavancar a sua carreira e se ela tem destaque no mercado.
Principalmente se ela disponibiliza um bom plano de carreira, pode ser uma organização interessante para atuar — pelo menos por um tempo.
Outro fator que deve ser levado em conta é o sentimento de pertencimento.
Você tem perfil para trabalhar na empresa? Os valores que ela expressa são os mesmos que os seus? Você se encaixa na cultura praticada na organização?
Se existir essa afinidade, é sinal de que você pode crescer na empresa.
No entanto, se você pensa em pedir demissão, é provável que não esteja feliz no trabalho.
Então, primeiro, é preciso identificar o motivo que causa a sua insatisfação. É um salário não compatível com a vaga? Problemas de relacionamento com colegas ou chefes?
Independentemente da razão, reflita se o problema poderia ser resolvido com uma conversa com seus líderes. Mas nem sempre isso é possível.
Alguns sinais de que é hora de pedir demissão são:
- Falta de perspectiva de crescimento;
- Infelicidade e falta de motivação;
- Salário abaixo da média;
- Vontade de empreender;
- Vontade de trocar de carreira;
- Conquista de uma nova vaga melhor.
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