Falta de equipamentos de segurança, descuido, más condições de funcionamento e falta de ações preventivas são apenas alguns dos fatores que contribuem para os casos de acidentes no trabalho.
Segundo dados do Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho, a Previdência Social registra, por ano, cerca de 700 mil casos, colocando o Brasil na quarta posição do ranking mundial dos países com maior número de acidentes trabalhistas.
De acordo com a Previdência, nos anos de 2014 a 2018, o Brasil registrou 1,8 milhões de afastamentos por acidente de trabalho e 6,2 mil óbitos.
Esses números mostram a necessidade de se discutir mais sobre as questões que envolvem a segurança do trabalho, com ações efetivas para minimizar a ocorrência de acidentes e contribuir para a qualidade de vida do trabalhador.
Ademais, as questões de segurança não somente beneficiam os colaboradores, mas também o próprio empregador.
Ao trabalhar em um ambiente mais seguro e protegido, em melhores condições, os trabalhadores sentem-se mais motivados, influenciando positivamente na produtividade do setor.
Além disso, é possível reduzir o número de afastamentos, colaborando para a manutenção do fluxo de trabalho. Portanto, muito mais do que se proteger, também é uma forma de aliar a qualidade de trabalho com a saúde do empregado.
Ações preventivas para a segurança no trabalho
Uma das principais formas de evitar a ocorrência de acidentes no ambiente de trabalho é o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
A utilização desses acessórios está prevista na norma técnica NR 6, que estabelece o fornecimento dos EPIs gratuitamente aos trabalhadores, para o desempenho de inúmeras atividades.
Em contrapartida, os colaboradores têm o dever de manter os EPIs em bom estado de conservação.
Um dos EPIs mais conhecidos é o capacete de segurança. Esse acessório pode ser usado nos mais diversos ambientes de trabalho, como no segmento de construção civil, indústrias, trabalhos em altura e eletricidade.
Profissionais que estão expostos a quedas de ferramentas, também devem priorizar o uso dos capacetes.
Isso porque a proteção da região da cabeça é uma das prioridades e, por esse motivo, quase todos os setores de mercado devem utilizar capacetes de segurança. Entre outros EPIs, destacam-se:
- Óculos protetores;
- Kit de proteção respiratória (máscara e filtro);
- Luvas e mangotes;
- Protetores auriculares;
- Botas antiderrapantes e sapatos especiais.
Além dos EPIs, outra importante forma de evitar acidentes é a instalação de placas de sinalização de segurança. Com elas, o colaborador pode visualizar as áreas mais propensas a acidentes e verificar quais são os potenciais para os riscos físicos, químicos ou biológicos.
Vale ressaltar que independentemente da sinalização, os empregados devem sempre utilizar os EPIs recomendados para cada local, não dispensando acessórios de proteção.
Outras ações relativamente simples, como o uso de álcool isopropílico para limpeza, também podem ajudar na qualidade de vida dos colaboradores.
Especialmente, quando expostos à riscos biológicos, o álcool tem ação antibactericida, evitando que vírus e bactérias se espalhem e possam, eventualmente, contaminar os trabalhadores da empresa.
Marketing e segurança: como as estratégias de divulgação evitam acidentes
Não basta investir em equipamentos de proteção e medidas preventivas se os colaboradores não forem devidamente conscientizados sobre a importância da segurança no trabalho.
Por esse motivo, ações de endomarketing, como palestras, mini cursos e mídias de divulgação interna, podem ajudar na orientação desses empregados.
Essas estrategias de marketing podem ser combinadas de diversas formas, a fim de desenvolver uma cultura em prol da prevenção de acidentes no trabalho.
O conteúdo de divulgação também pode extrapolar o ambiente interno, para ações que também atingem o público, como a publicação de dias sem acidentes, em uma publicidade positiva para o estabelecimento.
Outra maneira é o uso da comunicação visual e acessórios personalizados. Já que é responsabilidade do empregador fornecer os EPIs.
De modo geral, esses itens podem ser fabricados com o logo da empresa/marca, o que reforça a identidade visual com o público e os colaboradores.
O mesmo aplica-se à camisa polo personalizada, que é uma forma de fornecer uniformes aos empregadores e, ao mesmo tempo, divulgar o empreendimento.
Diante disso, percebe-se que pequenas mudanças internas e na forma de encarar o processo de trabalho podem contribuir significativamente, com resultados positivos, para a empresa.
Dessa maneira, é possível modificar o cenário brasileiro, para que o país reduza os números envolvendo acidentes no trabalho.